Conexões Brasileiras

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Cheguei no auditório do Instituto DECO 20 em Indaiatuba para fazer o show de encerramento do 12º Prêmio Nabor. Logo que anunciaram os finalistas, Amoy veio até mim e disse que estava indignado por Juninho e Victor, os meninos de Brasília, não terem ido para a final. Conheci os meninos pessoalmente nesse dia. Não os assisti tocando no concurso dia anterior, mas assim que recebi por correio o primeiro disco do duo me impressionei de imediato. Percebi que tinham muita musicalidade, técnica e bom gosto na escolha do repertório. Som brasileiríssimo. Desde então ficamos tentando organizar um encontro para formar um trio, fosse em São Paulo fosse em Brasília. Eu não consegui organizar nenhum encontro, afinal de contas não sou tão bom em produção… mas Sarinha é! Sim, ela conseguiu! E ái dos meninos se não fosse a Sarinha! Fico imaginando principalmente o que seria do Junior sem a esposa! Sara Loiola conseguiu a façanha de convencer o Reco que era um dever para com a música brasileira me levar a Brasília para tocar no Clube do Choro como convidado do duo Junior Ferreira e Victor Angeleas. Depois de 2 anos então conseguimos nos encontrar para tocar juntos. Confesso que foi uma das experiências mais gratificantes. Pra começo de conversa nunca fui tão bem recebido. Sequer me permitiram ficar em hotel. Fiquei na casa do Victor e do querido pai (pai de todos os amigos do Victor!) Carlinhos. Alexandre Dias – meu amigo que tanto me ensinou sobre os pianeiros – fez questão de me encontrar para almoçar e dar uma volta naquela cidade que os brasileiros tanto veem na televisão desde que nascem.

Faríamos 3 shows no clube do choro. Assim que cheguei em Brasilia já fomos direto pra lá ensaiar e ai já percebemos que a combinação inédita em trio – pelo menos ao que tenho noticia – dos instrumentos acordeão, bandolim e piano seria perfeita.

Reza a lenda que o tradicional Clube do Choro de Brasilia funcionava em um recinto subterrâneo que anteriormente era usado por funcionários do governo, os quais se arrumavam lá antes e depois do ofício. Foi construído um novo Clube do Choro no mesmo formato do anterior, porém 3 vezes maior e não mais subterrâneo. Foi nesse novo Clube que me impressionei com o público do nosso primeiro show (umas 150 pessoas), do segundo (umas 250) e do terceiro (umas 300!). Um carinho excepcional! Os meninos e especialmente Sarinha enfatizaram bastante sobre os CDs, mesmo assim esqueci todos em casa… Cris teve que enviar por sedex no dia seguinte. Chegaram antes das 10 da manhã e no primeiro dia de show já teriam sido vendidos todos caso eu não guardasse alguns pro dia seguinte. A energia do shows foi fantástica!

 

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